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Enough said, vamos pra parte 2 do post! 

Hoje falaremos de uma personalidade importantissima pra nossa história, Luis Gama, um herói! Advogado auto didata e abolicionista dono de uma história impressionante!
Mais uma da lista de coisas que deviam ter nos ensinado na escola...

(Foto Carola Gonzales, Make: Vanessa Barone, coleiras Mpif e camisas brechó 10$)
E quem já conhece o blog sabe como funciona o nosso editorialzinho caseiro, praticamente todas as peças que usamos neles são de brechó e custaram até 20 reais! As que não forem terão uma observação especificando, nessa edicão teremos os editoriais feitos na casa das fotógrafas Carola Gonzales (@Carolagonzales) com a nossa amiga maquiadora incrivel  Vanessa Barone (vanessa_barone) e Raquel Bressanini (@Raquelbressanini)!!!
(só pra avisar, não evitamos muitos filtros nas fotos prezamos pelo natural!!! rs)

Vamo começar com a session bomb pra caral** que fizemos com a linda da @raquelbressanini:
ITFAVELA



(Blusa e calca não custaram mais de 5$)

(Maiô do Brechó @anurb_brecho 15$ , saia rosé, era um vestido horrendo da nossa melhor amiga que tranformamos/  jaqueta de brechó 1$ , bermuda 10$ lojinha de dez reais dessas que tem no centro da cidade e cinto acho que foi 5$ e chokers Expensive $hit que logo menos estarào à venda.)
(bermuda azul 10$ naquelas lojinhas de 10$ no centro da cidade e top era uma blusa com decote q compramos no brechó por 4$)
 NINJA STYLE

 APAGANDO SEU FOGO



Ice Blue, marca pesada!!!

(shorts não é de brechó, é das lojinhas de 10$ tbm)
Boné Expensive $hit e roupas Expensive $hit, pecas piloto da linha Basica.

MUSIC IS SOUL FOOD.

(MAIÔS @ANURB_BRECHO 15$)

EXPENSIVE $HIT POSSE.




Agora vamos à Luis Gama:


"Vida de negro é dificil... é dificil como o quê..."

Considerado nada mais, nada menos do que”O MAIOR ABOLICIONISTA DO BRASIL” Luís Gonzaga Pinto da Gama, Geminiano (21 de Junho de 1830), Advogado AUTODIDATA,  Escritor, Abolicionista e Maçom. Filho de Mãe africana livre ( Luisa Mahin),  que apesar de livre não deixou de lutar ,era considerada uma “lider rebelde” e participou de muitas revoltas negras na Bahia,
    Gama nasceu livre em Salvador e morou com a mãe até os 8 anos,depois, ela teve que fugir para o Rio de Janeiro por conta da perseguicão policial, ela o deixou  aos cuidados do  pai que era  Português e de familia nobre (sim, português!!!!!!!!!)
    Ele em uma carta (que falaremos mais tarde nesse texto) disse que não ousava dizer que seu pai era branco, disse:
 “Tais afrirmativas, neste país, constituem grande perigo sobre a verdade que concerne à melindrosa presunção das cores humanas”
  
  Fidalgo de “familia importante”.Assim foi descrito, pai esse que era jogador compulsivo e ele nunca revelou o nome na intencão de “poupá-lo”.Nasceu livre,mas foi vendido por seu pai quando tinha 10 anos de idade pra pagar uma divida de jogo, foi comprado pelo alferes Antônio Pereira Cardoso e levado para São Paulo, no municipio de Lorena.
Aprendeu a ler em 1847, aos 17 anos com um estudante que se hospedava na fazenda onde ele era escravo doméstico.
  Aos 18 anos fugiu pra cidade de São Paulo, conseguiu provar que era um homem livre comprovando portanto que sua escravidão era ilegal! Se alistou na  Força Publicada Provincia ou Corpo de força da linha de São Paulo, onde se graduou cabo. Em 1850 casou-se e permaneceu no Corpo de  Força até 1854, E quando ele deu baixa a.k.a saiu fora, o motivo foi classificado por ele como “suposta ïnsubordinacão” já que ele apenas respondeu a um insulto de um oficial,rs.

O primeiro contato ao arsenal mais pesado:os livros de direito.
 Em 1856 foi nomeado escrevente da Secretaria de Polícia; foi nessa época  que ele teve acesso ao acervo que tinha  as armas mais poderosas que ele podia ter acesso: a biblioteca do delegado! (que era professor de direito).
Ele tentou freqüentar o Curso de Direito do Largo do São Francisco, hoje chamado  “Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo”, mas por ser negro, enfrentou a hostilidade de professores e alunos. Ele é claro, persistiu como um bom guerreiro e continuou como ouvinte das aulas... Não concluiu o curso, mas , nada o impediria de se tornar um rábula a.k.a advogado.


Gama aprendeu sozinho e libertou centenas de negros  Em 1869, quase cem anos antes do norte-americano Martin Luther King, Gama declarou ter um sonho, um “sonho sublime”, que transparecia também um desejo de igualdade: “as terras do Cruzeiro, sem reis e sem escravos”.
Gama advogava de graça, deixava bem claro: “Eu advogo de graça, por dedicação sincera à causa dos desgraçados; não pretendo lucros, não temo violências”.

Guerreiro de pulso firme e sem papas na língua; “O escravo que mata o senhor,seja em que circunstância for,mata em legitima defesa.”

Ele lutava para libertar os negros  mantindos em cativeiro “injustamente”,(as aspas por que a escravidão em sí é injusta né).Alguns escravos tinham como pagar suas “cartas de alforrias”mas eram impedidos pelos seus senhores, outros tinham entrado no Brasil em návios negreiros depois da proibicão de tráfico negreiro (1850) ou acusados de crimes contra os senhores.
 Durante um  júri Gama proferiu uma frase pesadíssima e  impactante:
"O escravo que mata o senhor, seja em que circunstância for, mata sempre em legítima defesa"  —  O bagulho foi tão impactante,que o juiz teve que suspender a sessão... imagina só seus tio escravocrata ouvindo isso? Aff!
Gama tinha pulso firme e falava um monte rs..
Outra história foi a da discussão com um juiz que negou o depósito de um negro escravizado depois de 1831 (quando já tinha sido proibido o tráfico negreiro) Gama disse ao juiz pra “cumprir o seu dever, pelo qual “era pago com o suor do povo, que é o ouro da nação”


   Luiz Gama foi extremamente importante na causa emancipacionista dos negros e da mudanca das leis escravocratas, mas não foi “só” isso, libertou mais de 500 escravos de cativeiro e ajudou pobres de todas as raças. Era um homem bondoso e querido por muita gente, ativista e sarcástico em cada poesia, ele sempre revolucionou, teve voz ativa e provocou.


 Mudando e elevando o jogo
O abolicionismo paulista ganhou contornos específicos graças a estratégias inovadoras adotadas por Gama e seu grupo. Uma delas consistiu em desenterrar a lei de 7 de novembro de 1831, que extinguia o tráfico negreiro, para libertar africanos “ilegalmente escravizados”, com a anuência de autoridades que, aos olhos de Gama, participavam de um crime.
Atitudes como esta lhe renderam graves represálias, é claro, mas a partir daí sua projeção pública só aumentou.Como já dizia o outro,não existe má publicidade não é mesmo?
 Escravos de São Paulo e de outras províncias recorriam ao advogado, que sempre deixava claro:
 “Eu advogo de graça, por dedicação sincera à causa dos desgraçados; não pretendo lucros, não temo violências”. FEARLESS!!!!!!!


Poesia Libertária e humor sério!
O primeiro autor ao se assumir negro.

Em 1859  Gama publica seu único livro “Primeiras trovas burlescas “ uma coletânea de poesias bem interessante, a poesia de Gama era satírica, usava o humor e a irônia pra criticar e questionar as coisas, sem vitimismo e se assumindo negro ( ele foi o primeiro autor a se assumir negro em suas obras) falando da beleza de ser o que é e até criticando os negros mais claros que  ao crescerem socialmente desprezavam a “vovó preta-mina” e “esquecem os negrinhos, seus patrícios”(atual né?) tudo isso na época em que de 10 milhões de habitantes 15% eram escravos, 58% se descreviam como pardos ou pretos e 38% brancos ou seja, pessoas de cor eram maioria,como até hoje, consequência da quantidade gigante de africanos trazidos pra cá.

Poder,ancestralidade e auto estima! My blackness is fine!
Imaginem só o  desespero batendo nas autoridades ao perceber que o sonho caucasiano deles estava sendo denegrido?  Imediatamente eles tramaram uma estratégia para  clarear o Brasil, mas isso é assunto do próximo post... Enfim, numa época complicada de se expressar,muito mais complicada ainda se você fosse preto, num Brasil escravocrata, ele tirava sarro da elite e apontava os erros de quem estava no poder,  desconstruía o contexto histórico que marginalizava o negro e tudo relacionado a ele, demonstrava auto estima  e usava referencias  de obras clássicas, mas escurecia os personagens e citava lugares e coisas de natureza africana, como em “Orfeu de Carapinha” :(refêrencia ao poeta grego Orfeu, Carapinha é  cabelo crespo)
“Com sabença profunda irei cantando
Altos feitos da gente luminosa,
(...)
Espertos manganões de mão ligeira,
Emproados juízes de trapaça,
E outros que de honrados têm fumaça,
Mas que são refinados agiotas.”
(...)
“Ó Musa da Guiné, cor de azeviche,
Estátua de granito denegrido,
(...)
Empresta-me o cabaço d'urucungo,
Ensina-me a brandir tua marimba
 (...)”
“Se queres, meu amigo,
No teu álbum pensamento
Ornado de frases finas,
Ditadas pelo talento;
Não contes comigo,
Que sou pobretão:
Em coisas mimosas
Sou mesmo um ratão.”
 Ciências e letras
Não são para ti:
Pretinha da Costa
Não é gente aqui.
Outro poema bem forte e que merece atenção é o “Quem sou eu?”ou “Bodarrada” nome que vem da palavra bode, que na época era um nome prejorativo que usavam pra descrever negro ou “mulato”:
“[...]Eu bem sei que sou qual grilo
De maçante e mau estilo;
E que os homens poderosos
Desta arenga receosos
Hão de chamar-me — tarelo,
Bode, negro, Mongibelo;
Porém eu que não me abalo,
Vou tangendo o meu badalo
Com repique impertinente,
Pondo a trote muita gente.
Se negro sou, ou sou bode
Pouco importa.  O que isto pode?
Bodes há de toda a casta,
Pois que a espécie é muito vasta.
Há cinzentos, há rajados,
Baios, pampas e malhados,
Bodes negros, bodes brancos,
E, sejamos todos francos,
Uns plebeus, e outros nobres,
Bodes ricos, bodes pobres,
Bodes sábios, importantes,
E também alguns tratantes
Aqui, nesta boa terra
Marram todos, tudo berra;
Nobres Condes e Duquesas,
Ricas Damas e Marquesas,
Deputados, senadores,
Gentis-homens, veadores;
Belas Damas emproadas,
De nobreza empatufadas;
Repimpados principotes,
Orgulhosos fidalgotes,
Frades, Bispos, Cardeais,
Fanfarrões imperiais,
Gentes pobres, nobres gentes
Em todos há meus parentes.
Entre a brava militança
Fulge e brilha alta bodança;
Guardas, Cabos, Furriéis,
Brigadeiros, Coronéis,
Destemidos Marechais,
Rutilantes Generais,
Capitães-de-mar-e-guerra,
— Tudo marra, tudo berra —
Na suprema eternidade,
Onde habita a Divindade,
Bodes há santificados,
Que por nós são adorados.
Entre o coro dos Anjinhos
Também há muitos bodinhos...[...]”


Jornalismo + Militância !



De 1860 pra frente, Gama quis se dedicar somente ao jornalismo e a militância,Em 1864 ele se junta com o cartunista Ângelo Agostini e cria o primeiro jornal ilustrado de São Paulo, o “Diabo Coxo”, um marco, que estreitou a relação entre o saber e o progresso!
  O diabo coxo era um  jornal ousado, que utilizava caricaturas como estratégia pra que as pessoas tivessem uma maior compreensão sobre os fatores sociais e dos interesses de cada classe.As ilustrações mostravam fatos cotidianos e abordavam assuntos sociais,políticos e econômicos.
 O jornal usava imagens,”histórinhas” semelhantes as de quadrinhos,para que os analfabetos também pudessem entender.
Olha que foda! Foda,porém simples, os caras usavam as imagens cotidianas retratando o dia a dia dos leitores para coloca-los em contato com a própria realidade,e a partir dessa compreensão,automaticamente o povo criava a habilidade de identificar as injustiças,ou quem era injustiçado. Os manos fizeram as pessoas  desenvolverem  opiniões criticas, instigaram as pessoas a questionar e refletir sobre o próprio cotidiano e sobre as decisões imperiais e de seus dirigentes.
 Uma verdadeira arma crítica contra as instituições imperiais racistas...É isso que eu chamo de revolução armada!
Ä mula é uma alusão aos "mulatos"e negros.



   Já em 1866, Gama e Agostini se juntaram a Américo de Campos que era da mesma “loja maçônica” chamada ”América” (fundada por Luiz Gama e Ruy Barbosa, um fato curioso é que talvez o Joaquim Nabuco tenha feito parte dela também apesar de  Nabuco sempre ter negado ser maçom, a loja América foi bastante ativa na causa abolicionista,ao contrário da igreja né,just saying) e tinha os mesmos ideais abolicionistas e republicanos que Agostini e Gama e fundaram o Jornal “Cabrião”que era muita treta! atacava o clero e toda a elite escravocrata de São Paulo.Mais tarde alcançaria um publico maior ao se mudar para o Rio e fundar a “Revista Ilustrada” em 1876, também satirizando a elite e questionando muita coisa... ele se juntou com outros órgãos importantes da imprensa e só somou nos debates sobre libertação dos escravos,  e mudanças de conduta. Gama foi essencial para evolução do Brasil  .
“A imprensa, maior inimiga dos maus, é a única força que encontro na terra para desmascarar a esses entes criminosos ou ridículos estúpidos ou orgulhosos” (DIABO COXO, 1864, n. 1, Série 1, p. 2).


Em 1869 fundou com Ruy Barbosa o Jornal Radical Paulistano e em 1880 foi líder da Mocidade Abolicionista Republicana.Em seus artigos, Gama demonstrava como os próprios representantes do Direito violavam as leis em benefício da ordem escravista, analisava sentenças e mostrava os erros cometidos por juízes corruptos,  logo, era inimigo cabreiro do sistema ,e imagine só ó ódio dos seus tio, um inimigo preto e  que mal era formado,nem tinha diploma! Logo, era odiado pelo partido conservador e foi até demitido do cargo que ocupava de “Amanuense da Policia Paulista”**** Gama definiu sua demissão "a bem do serviço público"  em uma carta a Lúcio de Mendonca escreveu: : "a turbulência consistia em eu fazer parte do Partido Liberal; e, pela imprensa e pelas urnas, pugnar pela vitória de minhas e suas [Lúcio de Mendonça, a quem escreve] ideias; e promover processos de pessoas livres criminosamente escravizadas, e auxiliar licitamente, na medida de meus esforços, alforrias de escravos, porque detesto o cativeiro e todos os senhores, principalmente os reis."
        Em 1880 depois de muita insistência ele escreveu uma carta autobiográfica que mandou a Lúcio de Mendonça, seguem partes da carta:
"Nasci na cidade de S. Salvador, capital da província da Bahia, em um sobrado da Rua do Bângala, formando ângulo interno, em a quebrada, lado direito de quem parte do adro da Palma, na Freguesia de Sant'Ana, a 21 de junho de 1830, pelas 7 horas da manhã, e fui batizado, oito anos depois, na igreja matriz do Sacramento, da cidade de Itaparica."
"Sou filho natural de uma negra, africana livre, da Costa Mina (Nagô de Nação) de nome Luísa Mahin, pagã, que sempre recusou o batismo e a doutrina cristã.
Minha mãe era baixa de estatura, magra, bonita, a cor era de um preto retinto e sem lustro, tinha os dentes alvíssimos como a neve, era muito altiva, insofrida e vingativa.
Dava-se ao comércio – era quitandeira, muito laboriosa, e mais de uma vez, na Bahia, foi presa como suspeita de envolver-se em planos de insurreições de escravos, que não tiveram efeito.
Era dotada de atividade. Em 1837, depois da 
Revolução do dr. Sabino, na Bahia, veio ela ao Rio de Janeiro e nunca mais voltou. Procurei-a em 1847, em 1856 e em 1861, na Corte, sem que a pudesse encontrar. Em 1862, soube, por uns pretos minas que conheciam-na e que deram-me sinais certos, que ela, acompanhada de malungos desordeiros, em uma “casa de dar fortuna”, em 1838, fora posta em prisão; e que tanto ela como os seus companheiros desapareceram. Era opinião dos meus informantes que esses ‘amotinados’ fossem mandados pôr fora pelo governo, que, nesse tempo, tratava rigorosamente os africanos livres, tidos como provocadores. Nada mais pude alcançar a respeito dela
".
"Meu pai não ouso afirmar que fosse branco, porque tais afirmativas, neste país, constituem grave perigo perante a verdade, no que concerne à melindrosa presunção das cores humanas: era fidalgo e pertencia a uma das principais famílias da Bahia de origem portuguesa. Devo poupar à sua infeliz memória uma injúria dolorosa, e o faço ocultando o seu nome.
Ele foi rico; e nesse tempo, muito extremoso para mim: criou-me em seus braços. Foi revolucionário em 1837.Era apaixonado pela diversão da pesca e da caça; muito apreciador de bons cavalos; jogava bem as armas, e muito melhor de baralho, amava as súcias e os divertimentos: esbanjou uma boa herança, obtida de uma tia em 1836; e reduzido a uma pobreza extrema, a 10 de novembro de 1840, em companhia de Luís Cândido Quintela, seu amigo inseparável e hospedeiro, que vivia dos proventos de uma casa de 
tavolagem, na cidade da Bahia, estabelecida em um sobrado de quina, ao largo da praça, vendeu-me, como seu escravo, a bordo do patacho "Saraiva".
São Paulo em luto, a morte do querido Gama: UM FATO HISTÓRICO IMPORTANTÍSSIMO QUE TENTAM OFUSCAR.
  Gama tinha Diabetes e já não ia bem de saúde, mesmo assim doente, saía carregado de casa para atender seus clientes, faleceu dia 24 de Agosto de 1882 tendo um adeus memorável, sua morte mobilizou muita gente, 10% da população paulista compareceu, há relatos de que foi emocionante,o maior enterro que se tem noticia daquele tempo.Uma multidão seguiu o caixão até o Brás, lugar onde o Gama morava (atual Rangel Pestana) e onde uma banda o aguardava... vários discursos emocionados aconteceram, muita gente tinha o que agradecer ou admirar nele, pessoas de várias classes sociais, todos queriam ajudar a carregar o caixão,  hora o escravocrata Martinho Prada Júnior de um lado e um pobre negro descalço do outro... o cortejo chega de noite a Consolação, centenas de coroas de flores, depositadas no caixão, antes de descer o caixão Um médico de nome Clímaco Barbosa ou Antônio Bento gritou pra que todos esperassem e intimou todos a prometerem
“Não deixarem morrer a idéia pela qual combatera aquele gigante” a multidão jurou junta! Gama morreu seis anos antes da Lei Áurea.
A morte de Gama marcou o fim de uma fase  do movimento abolicionista, e dá inicio a fase de mais ação! Fase de combater os escravistas,  Climaco Barbosa dirigia a campanha; as pessoas acolhiam escravos fugitivos em suas casas até eles serem encaminhados ao Quilombo do Jabaquara em Santos, campanha essa que provocou a fuga em massa das fazendas, Uma coisa marcante sobre essa  fase foi a invasão da Chacára Pari por membros do Clube Abolicionista do Brás, com o grito:
 “Viva os abolicionistas, morram os escravocratas!”
Homens notáveis como Antônio Bento e Feliciano Bicudo passaram a ser suspeitos da Policia...
Pra concluir, Gama é considerado por muitos o homem mais importante na história de São Paulo no séc. 19! E dizem até que o seu enterro foi o acontecimento mais emocionante da história de São Paulo.Existe um monumento a ele no Largo do Arouche mas você como eu, provavelmente não escutou falar dele na escola não é mesmo? É nossa obrigação mantermos a memória de nossos heróis viva e desconstruirmos varias coisas que ensinam pras nossas crianças na escola, como a idéia de que a princesa Izabel foi uma heroína por exemplo, varias pessoas, inclusive movimentos militantes tentaram excluir a história de varias pessoas notáveis como Gama, da mesma forma que os documentarios e livros meio que deslocam o egito da África e que nos fazem desconhecer  o que nós negros inventamos,a astronomia por exemplo, o calendário e até a pasta de dente e que NUNCA o homem negro morou em caverna,nunca! Nos esquecemos que o Brasil é dos índios e o máximo que conhecemos de Tupi-Guarani é Ítaú e Anhangabaú... enfim, falaremos disso no próximo post, essa matéria é uma coisa a ser compartilhada, não estou falando do Facebook, eu estou falando da sua vizinha e dos seus irmãos,da sua mãe...vamos nos armar de informação, vamos acordar!!!


E por ultimo mas não menos importante: algumas do editorial com a Carola!


Modelos: Julia Costa e Thais Esteves @ajuliacosta e @_estevess

Vanessa Barone manda muito bem mna make!!





 Thais a Tomboy girl mais zika que tá teno!!!

So fresh and so cleannnnnnnn

Deusas Africanas Chaves é o nome do editorial, acabei de decidir.

IGBO GIRLS ROCK!

Choker Igbo4life Expensive $hit.


SE ME ATACAR, EU VOU ATACAR..

 TENTA PA TU VÊ rs


muito rouff!!!!
















 

Obrigada queridos!!! esse foi o nosso post Rouff favela total vol. 2 com os editoriais Deusas Rainhas Africanas Chaves e a história do nosso herói Gama, mês que vem tem mais e não se esquecam de compartilhar o conhecimento adquirido no dia dia, Agredecimentos ao Fernando Tadeu o nosso querido leitor que nos emprestou  o Notebook para que esse post fosse possivel... amamos vocês e aparecam na nossa festa dia 14!!! EVENTO TA LA NO FACEBOOK!!! estaremos recebendo doacões para nossa vizinha que teve a casa incendiada e perdeu tudo... 
Bjs, Tasha
       & 
        Tracie Okereke !






Em memória de Henrique de Oliveira Sabino.